Um dos motivos é a restrição no uso e comercialização da crisotila, determinada pelo STF em novembro do ano passado.

O Grupo Eternit ajuizou pedido de recuperação judicial perante a Comarca do Estado de São Paulo. De acordo com fato relevante divulgado na segunda-feira (19), a medida visa atender melhor ao interesse das sociedades que integram o grupo, de modo a preservar a continuidade das atividades, preservar os interesses e direitos dos seus fornecedores, credores e acionistas, além de proteger o caixa da companhia e das sociedades do seu grupo.

De acordo com o fato relevante, o pedido e outros ajustes administrativos realizados ou em processo de implementação se deveram a fatores como: crise econômica, que afetou o mercado de construção civil e louças sanitárias; as discussões legais sobre o uso do amianto, que têm dificultado ao grupo ter acesso a linhas de crédito e a queda na demanda e nos preços do amianto, nos mercados nacional e internacional.

O pedido de recuperação vem após a proibição do uso e comercialização do amianto por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro do ano passado. Boa parte das atividades do grupo são focadas na extração da crisotila (mineral-base do amianto) e na fabricação de telhas e produtos com esse material. A mineradora Sama, que compõe o grupo, chegou a paralisar as atividades em dezembro, mas retomou algumas semanas depois.

Fazem parte do grupo Etenit: a mineradora Sama; Tégula Soluções Para Telhados; Eternit da Amazônia Indústria de Fibrocimento; Precon Goiás Industrial; Prel Empreendimentos e Participações e Companhia Sulamericana de Cerâmica.