Estados Unidos interromperam negociações com o Brasil no dia 26 de abril.
Os Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e das Relações Exteriores negou ter feito um acordo com os Estados Unidos sobre a imposição de sobretaxas nas importações norte-americanas de aço e alumínio.
De acordo com o comunicado divulgado pelos dois ministérios nesta quarta-feira (2), os EUA interromperam as negociações com o país no dia 26 de abril, e colocaram como alternativa o pagamento de sobretaxas ou a limitação das exportações a quotas.
“Cabe ressaltar que quaisquer medidas restritivas que venham a ser adotadas serão de responsabilidade exclusiva do governo dos EUA. Não houve ou haverá participação do governo ou do setor produtivo brasileiros no desenho e implementação de eventuais restrições às exportações brasileiras”, afirma o MDIC em nota.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos e vinha negociando com o governo americano uma isenção permanente das tarifas de importação, sendo 25% para aço e 10% para alumínio, impostas em março.
Enquanto duravam as negociaçõe o Brasil tinha uma isenção temporária. Segundo o governo brasileiro, o setor siderúrgico avalia que a imposição de quotas seria menos restritiva em relação à tarifa de 25%. Já a indústria brasileira de alumínio sustenta que a alternativa menos prejudicial a seus interesses seria suportar as sobretaxas de 10%.
O MDIC afirmou que lamenta que o processo negociador tenha sido interrompido e reitera seguir aberto a construir soluções razoáveis para ambas as partes.
“O governo brasileiro mantém a expectativa de que os EUA não prossigam com a aplicação de restrições, preservando os fluxos atuais do comércio bilateral nos setores de aço e alumínio. Em todo caso, seguirá disposto a adotar, nos âmbitos bilateral e multilateral, todas as ações necessárias para preservar seus direitos e interesses”, afirmou o órgão.
*Sob supervisão de Sara Lira