Previsão é que início das operações ocorra em 2020. Investimento estimado é de US$ 354 milhões.
A Nexa Resources conseguiu a Licença Prévia (LP) do projeto Aripuanã, no Mato Grosso, liberada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) do Estado. A LP foi emitida no fim de abril e certifica que o projeto atende aos requisitos do padrão ambiental exigido pelas autoridades do setor.
O empreendimento prevê extração de zinco, chumbo e cobre, em uma mina com vida útil prevista de 24 anos. O início da produção deve ser daqui a dois anos, em 2020. O investimento estimado é de US$ 354 milhões.
De acordo com comunicado divulgado pela empresa, quando o projeto Aripuanã estiver em pleno desenvolvimento, deverá produzir uma média anual de aproximadamente 51 mil toneladas de zinco em concentrado, 20 mil toneladas de chumbo em concentrado, 4 mil toneladas de cobre em concentrado e também 1 milhão de onças de prata e 25 mil onças de ouro contidas nos concentrados de zinco, chumbo e cobre.
Em entrevista à Reuters, o diretor-presidente da Nexa, Tito Martins, informou que a expectativa é que a Licença de Instalação seja obtida entre agosto e setembro. “É um projeto que tem uma característica de sustentabilidade forte. Isso é positivo para conseguir as autorizações e andar mais rápido”, disse. A previsão é que as obras comecem no mês de outubro, criando 1.600 postos de trabalho.
O projeto Aripuanã é de propriedade da Mineração Dardanelos Ltda., uma joint venture entre a Nexa (que detém uma participação de 62,3%), a Compañia Minera Milpo SAA, que atualmente está mudando sua denominação social para Nexa Resources Perú SAA, uma subsidiária da Nexa, com participação de 7,7%, e a Mineração Rio Aripuanã Ltda., subsidiária da Karmin Exploration Inc. (que detém os 30% restantes).
Processo
A fase de estudo de pré-viabilidade foi concluída em 2017. Atualmente, o desenvolvimento do estudo de viabilidade avançou, alcançando 58% de progresso no final de março e deverá ser submetido à aprovação do Conselho de Administração da Nexa ao longo de 2018.
Em 2017, o programa de exploração desenvolveu perfurações de mais de 26.600 metros com foco na conversão de recursos minerais e identificação de depósitos mineralizados.
O projeto ainda está pendente de outras licenças e autorizações, como Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).