Na primeira etapa do trabalho, a empresa avaliou os 42 programas da entidade e propôs atividades complementares.
A consultoria multinacional Ramboll renovou o contrato com o Ministério Público Federal (MPF) para continuar o trabalho de monitoramento e assistência técnica das ações realizadas pela Fundação Renova, na região da Bacia do Rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo. A área foi atingida pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) em novembro de 2015, acidente que causou 19 mortes, além de impactos ambientais e sociais.
No mês de março, a Ramboll completou um ano de trabalho no projeto. Na primeira etapa foi realizada a avaliação dos programas aprovados pela Fundação. Após esse processo, a empresa indicou para o MPF as atividades adicionais de remediação, restauração e reconstrução que deveriam ser realizadas para restaurar a Bacia do Rio Doce.
“Avaliamos ações na área econômica, social, ambiental e de saúde, com base em modelos internacionais, que são referência das Nações Unidas, sobre grandes desastres ambientais, e desenvolvemos uma série de propostas de ação a partir daí, com base no conceito de resiliência”, contou o responsável pelo trabalho, o gerente de Projetos da Ramboll, Ricardo Camargo.
Segundo ele, o objetivo é que a região alcance um nível superior de resiliência ao tido antes do acidente, de modo a resistir eventuais desastres no futuro.
Alguns dos pontos questionados pela Ramboll são: se a abrangência do cadastro dos atingidos; o programa de reassentamento e as ações de recuperação das nascentes. Em nota, a empresa afirmou que também sugeriu ações de recuperação econômica local, incluindo parcerias com institutos, universidades e o setor privado, visando o desenvolvimento local.
Na equipe que atua nos trabalhos de avaliação estão profissionais com conhecimento em ecologia, geologia, biologia, engenharia civil e ambiental, gestão de riscos, serviços ecológicos e avaliação socioambiental, além de especialistas internacionais em remediação de desastres graves.
“Neste projeto, buscamos não apenas analisar se os resultados prometidos poderiam ser alcançados, mas também se eles atenderiam às expectativas dos reguladores, das comunidades afetadas e do povo brasileiro”, afirma o presidente da Ramboll do Brasil, Eugenio Singer.