Polícia Civil prende grupo por roubo a mineradoras em MG

Materiais apreendidos durante a operação Quimera. Foto: PCMG/ Divulgação.

Quadrilha era especializada em cometer crimes em empresas de extração de ouro.

A Polícia Civil de Minas Gerais desmantelou o esquema de uma organização criminosa especializada em crimes contra mineradoras de ouro no Estado. A prisão foi realizada durante a operação Quimera, na quarta-feira (4). Também foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belo Horizonte, Barão de Cocais, João Monlevade e Santa Bárbara.

Segundo informações da PC, foram apreendidos uma sacola com dezenas de pepitas de ouro, com teor estimado em 90 a 95% de pureza, R$ 40 mil em dinheiro, rádios comunicadores, 23 veículos, dois detectores de ouro, substâncias e equipamentos utilizados no processo de apuração de ouro. Foi decretado, ainda, bloqueio de bens e valores dos investigados.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, o grupo é organizado, profissional e perigoso. Eles conseguiam, inclusive, passar por cima dos sistemas de bloqueios, vigilância, alarmes e segurança armada existentes.

“A organização criminosa conta com diversos núcleos de atuação, um deles formado por funcionários das empresas vítimas do esquema. Desses funcionários, cinco que ficavam incumbidos de repassar informações privilegiadas aos demais membros do grupo, foram presos” explicou.

Durante o trabalho, a Polícia Civil também identificou o núcleo de receptadores e donos de joalherias que compravam o ouro roubado. Essas pessoas também repassavam mercúrio e outros produtos para os criminosos utilizarem no processo de apuração mineral. Outra parte da organização era responsável pelo domínio do tráfico de drogas e armas de fogo no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara (MG).

O grupo também é investigado por cometer o crime de lavagem de dinheiro. “Eram realizadas transações financeiras com frequência, especialmente a partir dos receptadores no momento em que recebiam o ouro produto do crime. Vários membros da organização criminosa se preocupavam com grandes investimentos em imóveis e veículos, pois assim poderiam chamar a atenção de outras pessoas” finalizou.

Os presos deverão responder pelos crimes de furto qualificado e organização criminosa. Também será apurado o crime de lavagem de dinheiro. Eles foram encaminhados para o Sistema Prisional do Estado.