Mariana após o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco - Foto: Reprodução.

Como parte das negociações do acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), a Vale, a BHP e a Samarco apresentaram uma proposta de R$ 103 bilhões.

A nova oferta, apresentada a autoridades federais e dos Estados de Minas e Espírito Santo, prevê um desembolso total de R$ 140 bilhões, um avanço na comparação com os R$ 127 bilhões estimados na proposta feita anteriormente pelas companhias em abril.

A proposta considera que, desde o colapso da barragem, as companhias investiram um total de R$ 37 bilhões em reparação e compensação, somando então os R$ 140 bilhões a serem desembolsados pelas companhias.

Em fato relevante ao mercado, a Vale detalhou que a proposta considera o montante de R$ 82 bilhões como o total a ser pago no período de 20 anos, valor maior que os R$ 72 bilhões ofertados em abril.

A quantia, no entanto, é menor que os R$ 109 bilhões solicitados pela contraproposta apresentada pelo poder público no início deste mês.

A nova oferta das companhias, conforme detalhou a Vale, inclui ainda a previsão de empenhar R$ 21 bilhões para executar obrigações que permanecerão sob responsabilidade das empresas, como a retirada de rejeitos do rio Doce.

Ainda de acordo com a Vale, “os valores da nova proposta são para 100%, o que inclui uma contribuição de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não possa financiar como devedor primário”.

O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro, que pertencia à Samarco, em novembro de 2015, deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, além de atingir o rio Doce em toda a sua extensão, até o mar do Espírito Santo.

No comunicado, a Vale reafirmou o compromisso com ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão da Samarco, da qual é acionista.

A publicação da mineradora reforça que a nova proposta “é um esforço para chegar a uma resolução mutuamente benéfica para todas as partes, especialmente para as pessoas, comunidades e meio ambiente impactados, ao mesmo tempo que cria definição e segurança jurídica para as companhias”.

Voltar