Produção nacional atingiu 227 milhões de toneladas e o faturamento foi de R$ 70 bilhões.

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou na tarde desta quinta (22) os resultados do setor no primeiro trimestre deste ano. Um dos destaques é a confirmação de 92 projetos que integram o portfólio das mineradoras para receber aportes no total aproximado de US$ 38 bilhões no período 2021-2025. Esses empreendimentos estão situados na área de influência regional de mais de 81 municípios, em vários estados, e vão contribuir para movimentar a economia a longo prazo, com promoção a negócios em extensas cadeias produtivas, geração de empregos e arrecadação tributária, entre outros benefícios socioeconômicos.

Fonte: Levantamento Ibram.

Esta elevação no número de projetos e respectivos investimentos, entre outros fatores, fazem com que a #MineraçãodoBrasil seja um dos principais setores a gerar contribuições positivas para sustentar indicadores econômicos neste período marcado, principalmente, pela pandemia, segundo mostram dados consolidados pelo IBRAM.

Produção mineral cresce 15%

Segundo o IBRAM, no 1º trimestre de 2021, o volume produzido foi de 227 milhões de toneladas, contra 198 milhões no mesmo período do ano passado, um crescimento de 15%. Em razão da variação cambial, da elevação dos preços de minérios no mercado internacional, entre outros fatores, o faturamento com a negociação/exportação da produção chegou a R$ 70 bilhões (exceto óleo e gás), um crescimento de 95% neste 1º trimestre do ano. O minério de ferro responde por 70% desse faturamento, o ouro por 11%, o cobre por 5% e a bauxita por 2%.

Setor recolhe o dobro de tributos

No 1º trimestre do ano a indústria da mineração recolheu quase 102% a mais em tributos totais do que no 1º trimestre de 2020: R$ 24 bilhões ante R$ 12 bilhões. Desse total de R$ 24 bilhões faz parte o royalty, chamado CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, cujo recolhimento pelas mineradoras cresceu de R$ 1 bilhão para R$ 2,1 bilhões, mais que o dobro, portanto, nos três primeiros meses deste ano.

Exportação de minérios gera divisas expressivas

Mais uma vez, neste 1º trimestre o saldo da balança comercial de minérios (US$10,7 bilhões), que é o resultado de exportações menos importações, foi decisivo para um desempenho positivo da balança comercial brasileira, tendo o saldo Brasil sido de quase US$ 8 bilhões. Assim, a contribuição do saldo mineral para o saldo brasileiro, no 1º trimestre, foi de 135%. As exportações de minérios aumentaram 102%, em dólar.

“A mineração que o IBRAM representa é aquela que atua com boas práticas voltadas a promover a sustentabilidade. Nosso setor mostra, inclusive em números, que é essencial e estratégico para o Brasil vislumbrar a superação dos imensos desafios impostos, em especial, pela pandemia, quando a economia mundial ainda apresenta sinais de fragilidade”, diz Flávio Ottoni Penido, diretor-presidente do IBRAM.

Flávio Penido ressalta que a mineração passa por um ciclo ascendente, tanto em seu desempenho quanto na geração de benefícios para a nação como um todo. É, segundo ele, o momento ideal de o país criar melhores condições para que a atividade legalizada possa se expandir. “Quando a mineração está em um ciclo positivo ela assegura insumos e impulsiona negócios para milhares de empresas de todos os portes e de praticamente todos os segmentos, o que é extremamente positivo para a economia nacional”, afirma. “Os dados que divulgamos mostram que a sociedade deve enxergar a mineração como uma parceira para o desenvolvimento socioeconômico perene do país”, acrescenta.

Mais de 11 mil empregos diretos

Com base em dados oficiais do governo, divulgados em 15 de abril, o setor mineral criou cerca de 11 mil novos empregos diretos, no 1º trimestre de 2021, ou seja, 6% a mais do que no 1º trimestre de 2020. As vagas diretas abertas nas mineradoras geram empregos indiretos da ordem de 1 para 11 ao longo das cadeias produtivas, informa o IBRAM.

Fontes: ANM / Comex Stat / PDET – Novo Caged / Levantamento Ibram.

Faturamento por estado

Minas Gerais apresentou maior variação no faturamento no 1º trimestre de 2021 em relação ao 1º trimestre de 2020: 118% totalizando R$ 28 bilhões, o que significa 40% do total. Em seguida vieram Pará com 94% e R$ 31 bilhões (44% do total); Bahia com 94% e R$ 2 bilhões; Mato Grosso com 90% e R$ 1,4 bilhão; Goiás com 47% e R$ 1,8 bilhão; São Paulo com 19% e R$ 1,3 bilhão.

Faturamento por substância mineral

O minério de ferro observou a maior variação em faturamento: 118% totalizando R$ 49 bilhões. Em seguida vieram ouro com variação de 85% e faturamento de R$ 7,5 bilhões; cobre com 67% e R$ 3,8 bilhões; bauxita com 27% e R$ 1,4 bilhão; granito com 51% e R$ 1 bilhão; calcário dolomítico com 50% e R$ 900 milhões.

Confira o levantamento completo divulgado pelo Ibram:
Resultados do Setor Mineral – 1º Trimestre de 2021 – Ibram

Fontes: ANM / Levantamento Ibram.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Ibram.