Segundo executiva da companhia, o planejamento estratégico da empresa está alinhado às metas estabelecidas para áreas de meio ambiente, governança e social.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) tem plano de investir R$ 5 bilhões até 2030 em projetos ambientais que estão diretamente ligados à estratégia ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) da companhia. Serão ao todo 48 projetos nesse período, de acordo com Helena Brennand Guerra, diretora de Sustentabilidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da CSN, em entrevista ao Valor.

“Nosso planejamento estratégico, de dobrar de tamanho nos próximos anos, fortalecendo os nossos negócios, prevê um alicerce no ESG, na inovação e na disciplina financeira. Diante disso, já estipulamos metas, principalmente na redução de emissão de gases em nossa usina em Volta Redonda (RJ)”, disse Guerra.

De acordo com a executiva, a CSN já teve ganhos no ano passado no quesito das emissões. A empresa conseguiu diminuir a emissão de gases poluentes em 8% por tonelada de aço produzida na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Guerra chama a atenção por se aproximar da meta de 10% de diminuição prevista apenas para 2030. Conforme informação da empresa, a metodologia de aferição usada foi a da WSA (World Steel Association).

“É muito representativo termos cumprido, em tão pouco tempo, 80% de uma meta traçada para dali a 10 anos. A siderurgia é responsável por cerca de 7% das emissões de CO2 no mundo, o que faz com que o setor dependa de ações pragmáticas, como a da CSN”, ressaltou a executiva.

Segundo declarações da executiva, dentre os 48 projetos que devem receber os aportes, cinco devem ser os mais representativos dentro da companhia, principalmente no quesito redução de emissões. Ela citou ainda os aportes em novos projetos de geração de energia renovável, a reforma da central termelétrica na usina que utiliza gases do processo siderúrgico, a reforma dos precipitadores eletrostáticos – os equipamentos que limpam os gases que são liberados no processo produtivo – e o reparo das baterias de coque, na siderúrgica, o que vai aumentar a capacidade de produção de coque interno e melhorando qualidade desse insumo, usado na fabricação do aço.

“Há ainda a reforma dos regeneradores de alto-forno que diminui o uso de carvão. Na mineração, temos o projeto de Mina Autônoma, descaracterização da barragem e beneficiamento do minério que nos dará um produto mais puro, com um teor de 67% de ferro. Com isso, possibilitará o menor uso de carvão na siderurgia”, informou Guerra.

Diante dos projetos já colocados em execução, a empresa deve anunciar novas metas de redução de emissões para 2030. Segundo ela, a CSN trabalha com uma ferramenta de inteligência artificial que avalia o pipeline de projetos e calcula as diretrizes que devem ser seguidas pela empresa. “A nossa ambição deve ser mais agressiva do que a que fizemos em 2020. E, claro, vamos buscar alcançar as metas antes de 2030.” Segundo ela, as metas de redução de emissões estabelecidas no ano passado eram de 10% na siderurgia, 28% na produção de cimento e outros 10% na mineração.

 

Por Valor.

 

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