Empresa utilizará engenharia sustentável para a extração de Cloreto de Potássio na região de Autazes (AM).
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, apresentou o Projeto Potássio Autazes para o governo do Canadá e empresas canadenses, na última segunda-feira (12), no evento “Breakfast Procurement Needs”, realizado no hotel Mercure Lourdes, na cidade de Belo Horizonte (MG).
Além de representantes do governo federal do Canadá, participaram do evento representantes da Mining Suppliers & Trade Association, da Província do Québec, da Câmara de Comércio Brasil/Canadá e diversas empresas canadenses.
“O evento foi organizado pelo governo do Canadá, que trouxe empresas canadenses interessadas em novos projetos aqui no Brasil. Então, várias empresas apresentaram seus projetos. E a Potássio do Brasil fez questão de estar presente apresentando o Projeto Potássio Autazes”, afirmou o presidente da Potássio do Brasil.
O Projeto Potássio Autazes está investindo na engenharia sustentável no empreendimento, que produzirá o Cloreto de Potássio – um importante fertilizante para o agronegócio brasileiro –, no município de Autazes (AM), a 112 km de Manaus.
Segundo a empresa, o Projeto usará um método de extração da Silvinita, rocha composta de halita (Cloreto de Sódio, mais conhecido como sal de cozinha) e de Silvita (Cloreto de Potássio), que não causará danos ao solo da superfície e nem ao meio ambiente. Toda a operação de extração será realizada utilizando o método de câmaras e pilares.
“Para a retirada do minério, que está a cerca de 800 metros de profundidade, será necessário a escavação de dois poços profundos por onde o minério Silvinita será trazido para a superfície, beneficiado e o Cloreto de Potássio (fertilizante) separado do Cloreto de Sódio (sal de cozinha)”, informou a empresa.
Depois da separação do Cloreto de Potássio e do Cloreto de Sódio, o fertilizante será transportado em barcaças, a partir do porto privado previsto para ser construído pela empresa à margem do rio Madeira, de onde seguirá ao mercado consumidor do agronegócio brasileiro.
“O Cloreto de Sódio será armazenado em local impermeabilizado para a proteção do solo e do lençol freático, e, depois, vai retornar ao subsolo, preenchendo as câmaras abertas, ou seja, não haverá resíduos na superfície ao final da vida útil do Projeto”, esclarece o presidente da Potássio do Brasil.
O empreendimento, que atualmente está em fase de licenciamento ambiental, tem vida útil estimada em mais de 23 anos e colocará o estado do Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no Brasil, segundo a empresa. Quando atingir a produção anual média de 2,4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio, a oferta deste insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil. Estudos preliminares indicam, entretanto, um potencial de aumento da capacidade de produção, podendo atingir até 45% das necessidades brasileiras.
Com isso, a empresa ajudará a diminuir a dependência da importação deste insumo de outros países, como Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel. Vale ressaltar que, atualmente, o Brasil é o segundo maior consumidor de Potássio do mundo, mas produz apenas 5% de sua crescente demanda.
Potássio do Brasil
A Potássio do Brasil é uma empresa brasileira privada, que atua na fabricação de fertilizantes e está presente na região amazônica, desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, com perspectivas de atração de mais investidores à medida que o projeto seja construído e entre em operação, a partir da extração e tratamento do minério de potássio no Amazonas.
O Projeto Potássio Autazes está atualmente em fase de licenciamento ambiental junto ao órgão competente para licenciar empreendimentos no Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O Projeto já possui a Licença Prévia (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI).
De acordo com a Potássio, com o empreendimento implantado, será garantindo receitas tributárias ao Município, Estado e União. Além disso, a empresa contratará, prioritariamente, mão de obra de Autazes, Careiro da Várzea e região. Serão gerados, em média, 2.600 empregos diretos por ano e vários indiretos na fase de construção dos poços de acesso ao minério e da planta de beneficiamento. Já na fase de operação, serão cerca de 1.300 postos de trabalho diretos e 16.900 indiretos.
A empresa também possui mais de 30 programas dentro dos eixos sócio-econômico-ambiental, por meio de parcerias com entidades públicas, privadas e sociais, incluindo parcerias com agricultores familiares, que constituirão o Programa Autazes Sustentável.