Projeto em desenvolvimento no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, recebeu sinal verde da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

A mineradora Sigma Lithium informou, nesta segunda-feira (10/04), que recebeu a licença de operação em Minas Gerais para vender e exportar lítio, e que sua produção de metal para baterias de veículos elétricos deve começar dentro de alguns dias.

A aprovação da licença de operação da mina de lítio Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha, foi confirmada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais.

A empresa sediada em Vancouver, no Canadá, deve iniciar a produção “em dias” e exportar lítio “dentro de semanas”, disse Ana Cabral-Gardner, CEO da Sigma, à Reuters.

Nos últimos meses, surgiram rumores de que a Tesla Inc. ou a concorrente chinesa de lítio Ganfeng Lithium Group Co poderiam fazer uma oferta pela Sigma.

Cabral-Gardner reconheceu que várias empresas estão “esperando por alguma abordagem para Sigma”, mas se recusou a comentar quando perguntada se a Sigma estaria em alguma negociação.

“Estou focada no que posso controlar, que é colocar essa empresa em produção”, disse Cabral-Gardner, que também é sócia da A10 Investimentos, que detém 45% das ações da Sigma.

A produção da companhia deverá aumentar gradualmente nos próximos meses e atingir a taxa de produção anual de 270 mil toneladas de concentrado de espodumênio (mineral fonte de lítio) até julho.

Em 2021, a Sigma concordou em fornecer pelo menos 60 mil toneladas para a LG Energy Solution Ltd começando este ano. Espera-se que a produção restante seja vendida no mercado spot para clientes que provavelmente processarão o metal na China.

A Sigma está atualmente “verificando qual cliente receberá o primeiro carregamento”, disse Cabral-Gardner.

A Sigma projetou que a mina alcançará um fluxo de caixa livre anual de US$ 455 milhões  em sua primeira fase de produção.

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