Novos modelos da Scania prometem até 8% de economia de combustível.
Com o anúncio da nova linha Scania XT Super para os segmentos off-road, a Scania pretende ampliar as aplicações e atender principalmente a mineração com o novo trem de força Super.
Na terceira fase de lançamentos do portfólio de caminhões Euro 6, os produtos passam a contar com a nova caixa de transmissão Heavy Planetary, mais robusta para os modelos fora de estrada, além de freios CRB mais Scania Retarder de série, opções de eixos e bogies para atender a diversas especificações.
Os equipamentos contam também com aumento dos intervalos de manutenção, novas soluções de serviços com o Scania PRO e maior segurança na operação com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade da frota por meio de cercas virtuais.
Reafirmando a tradição e pioneirismo da Scania no segmento fora de estrada, o diretor de desenvolvimento de negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, Marcelo Gallao, fala sobre as novidades.
“A nova caixa de câmbio chega para deixar o caminhão mais rápido e robusto. Sua sessão planetária reforçada (Heavy Planetary), de modelos G25CH e G33CH, tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Estamos lançando as linhas que vão proporcionar a maior produtividade do mercado com o menor custo por tonelada produzida”, comenta.
Para garantir ainda mais segurança na operação, a Scania está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação de compressão, que chegou com a gama Super em 2022), e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – juntos de série. Somados, são 850 Kw de potência, ou 1.153 cavalos de potência, o que representa a maior capacidade de frenagem do mercado.
Completam o pacote de segurança airbag frontal e o lateral de cortina, pioneiro e exclusivo no mercado, para proteger o condutor em caso de tombamento, e bafômetro (o veículo só dará partida após o teste do motorista).
Os modelos da nova linha off-road XT Super são oferecidos nas cabines P e G, em alguns casos a R, todos com o pacote XT de itens personalizados para as aplicações fora de estrada. Os motores possuem sistema de injeção XPI e as potências vão de 360 até o topo de linha, o V8 de 660cv, com a tração 10×4.
As outras configurações de roda são 4×2, 6×4 e 8×4. Os torques vão de 1.700Nm até os impressionantes 3.300Nm do motor V8. A linha Euro 6 otimizada tem os seguintes modelos: P 360 (360 cavalos de potência e 1.700Nm de torque, no motor 9 litros, no propulsor de 13 litros caminhões G 450 (450cv e 2.350Nm) e G 500 (500cv e 2.550Nm), além do R 660 V8 de 16 litros.
Já a plataforma Super contempla modelos de 13 litros com o 460 G (460cv de potência e 2.500Nm de torque) e 560 G (560cv e 2.800Nm de torque – o mais alto da categoria), com excelente desempenho já nas baixas rotações. As versões movidas a gás e biometano compõem potências de 280 cavalos e 410cv, e ao longo de 2024 chegarão as novidades de 420cv e 460cv.
“O Scania Super tem uma plataforma verdadeiramente nova e ainda mais moderna, além de um exclusivo e novíssimo trem de força. Não se tem registro no mercado, na faixa de potência de 420cv a 560cv, de uma solução de transporte que vem entregando tanta eficiência energética e um menor custo total de operação como o Scania Super”, diz Gallao.
Principais lançamentos para a mineração
A principal novidade da linha é o modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super, apresentado como solução para a mineração, que traz mais produtividade com menor tempo de ciclo, menor custo por tonelada produzida, maior economia total operacional e maior capacidade técnica da categoria com peso bruto total (PBT) de 60 toneladas.
Ele é equipado com a nova caixa Scania Opticruise Heavy Planetary G33CH, de 14 velocidades, sendo uma Super reduzida Crawler – que diminui o uso frequente dos freios – e Overdrive. Sua capacidade máxima de tração (CMT) chega a 210 toneladas.
Marcelo Gallao aposta que esse será o campeão de vendas no segmento. “No uso dele na operação serão aliados fundamentais os freios CRB e Scania Retarder juntos de série. Nos testes pré-lançamento, surpreendemos os clientes com o tamanho da segurança a bordo nas mais severas condições na mineração. Estamos orgulhosos de todas as melhorias que estamos trazendo neste novo Heavy Tipper”, explica.
Outro modelo importante da Scania para a mineração é o R 660 V8 10X4 XT. Não é um modelo Super e oferece a melhor alternativa aos veículos da linha amarela. Ele tem parachoque inteiriço de 150 mm em aço e robusta caixa de câmbio GRSO935R de capacidade elevada de torque.
Além disso, tem eixos direcionais de capacidade técnica de 11t, terceiro eixo direcional com peças modulares, auxiliar de partida em rampa e acessórios que garantem a maior segurança na operação. Sua economia de até 2% no consumo de combustível em comparação à geração anterior o credenciam a obter máxima produtividade e melhor performance com o aumento de velocidade média.
Dispõe ainda do maior peso bruto total (PBT) da categoria de 71t e de eixos traseiros desenvolvidos para a mineração, o RBP900, que oferece 210t de capacidade máxima de tração (CMT).
Trem de força Super: alta eficiência em motor, caixa e diferencial 100% novos
Entre as novidades do propulsor Super estão o aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, duplo comando de válvulas no cabeçote, fricção reduzida dos componentes internos e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor.
Segundo o gerente de Engenharia de pré-vendas da Scania Operações Comerciais Brasil, Rodrigo Arita, o motor Super oferece desempenho superior em relação aos atuais da marca, principalmente, devido ao comando duplo no cabeçote e ao Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de AdBlue (Arla 32), que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento. “Todas estas mudanças foram preponderantes para atingir a economia de até 8% sobre a geração anterior”, revela.
Outro benefício do Scania Super é a introdução de série da nova unidade de otimização do tanque de combustível. O recurso, exclusivo da Scania para estes modelos, foi chamado de FOU (Fuel Optimization Unit) e funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível.
“Passamos de 87% para 97% de diesel utilizável em nossos tanques, o que significa um ganho de carga útil transportada ou o alcance estendido a depender do que for priorizado em sua aplicação”, completa Arita.