A Usiminas fechou o ano passado com lucro de R$ 1,6 bilhão, resultado que representou queda na comparação com 2022.
Revertendo o prejuízo de R$ 166 milhões registrado no terceiro trimestre, a Usiminas teve lucro de R$ 975 milhões no quarto trimestre de 2023.
No ano passado, a empresa registrou lucro de R$ 1,6 bilhão, representando uma queda de 22% em relação ao resultado de R$ 2 bilhões em 2022.
A empresa divulgou ainda que o EBTIDA Ajustado negativo foi de R$ 20 milhões entre julho e setembro, atingindo um EBTIDA positivo de R$ 625 milhões entre outubro e dezembro do ano passado.
“Melhoramos o nosso desempenho nos últimos meses por conta do forte foco em redução de custo. Apesar do impacto positivo, ainda temos muito para avançar na nossa competitividade”, explicou o presidente da Usiminas, Marcelo Chara.
No total do EBTIDA de R$ 625 milhões, a empresa reportou que R$ 301 milhões se referem a efeitos contábeis não recorrentes, que não impactaram o caixa da companhia.
No ano passado, a empresa vendeu 4 milhões de toneladas de aço e faturou R$ 27,6 bilhões, queda de 4% e 15%, respectivamente.
Já o EBTIDA, que avalia o desempenho operacional, somou R$ 1,7 bilhão, contra R$ 4,9 bilhões em 2022.
“Olhando o ano como um todo, tivemos um ano desafiador por conta da Reforma do Alto-forno 3 e pela invasão do aço chinês. Estamos trabalhando para avançar na nossa produtividade, mas vemos com preocupação a competição desleal com venda abaixo do valor de custo” afirmou Marcelo Chara.
Investimentos
Em 2023, a Usiminas realizou o maior investimento desde 2010, chegando a R$ 3 bilhões. A empresa concluiu em novembro a Reforma do Alto Forno 3, que tem capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de ferro gusa.
O aporte total no projeto foi R$ 2,7 bilhões e foram gerados 9 mil empregos durante a fase da obra.
“A entrada em operação do Alto-forno aumenta a competitividade da Usiminas, melhorando a eficiência de consumo de combustíveis e de custos. Continuamos focados na transformação da Usiminas e na excelência industrial”, comentou Marcelo Chara.
A concorrência desleal com a importação levou a Usiminas a desligar o Alto-forno 1, reduzindo em 600 mil toneladas por ano a sua capacidade produtiva.
Com os altos-fornos 2 e 3, a empresa totaliza 3,6 milhões de toneladas de ferro gusa. “A situação atual do mercado brasileiro nos impede de produzir na capacidade total. A importação representa hoje 20% do total de aço consumido no país”, comentou o presidente da Usiminas.
Para o ano de 2024, a empresa projeta investimentos entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão.
Mineração
A Mineração Usiminas aumentou em 4,8% o volume de venda de minério de ferro e atingiu o recorde de 9,1 milhões de toneladas vendidas em 2023.
A receita da unidade atingiu R$ 3,5 bilhões, uma queda de 2,4% em comparação à 2022. Já o EBTIDA somou R$ 1 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão do mesmo período do ano anterior.
“O resultado da Mineração foi impactado por fatores como valorização do Real frente ao Dólar e do preço do minério. Mas conseguimos compensar com um maior volume de venda, principalmente com a exportação”, comentou Marcelo Chara.