Com aumento no volume de vendas e redução de custos, a Votorantim Cimentos encerrou o primeiro trimestre de 2024 (1T24) com 8,1 milhões de toneladas de cimento vendidas, o que representou um aumento de 1% em relação ao mesmo período de 2023.

A companhia registrou receita líquida global de R$ 5,5 bilhões no 1T24, redução de 4% na comparação, em moeda local (expurgando o efeito da variação cambial), na comparação com o 1T23. Segundo a Votorantim Cimentos, o resultado pode ser explicado, principalmente, pelo impacto negativo de volume na América do Norte, parcialmente compensado pelos resultados positivos dos países da Europa, Ásia e África e da América Latina.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 766 milhões nos primeiros três meses de 2024, representando uma ligeira queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, decorrente do melhor resultado no exterior e melhores custos, compensando os resultados no Brasil.

O crescimento de volumes e o arrefecimento de custos de combustíveis, energia elétrica e matéria-prima resultaram em uma margem EBITDA de 14% no 1T24, representando uma expansão de 1 ponto percentual comparado ao 1T23.

O menor resultado operacional, somado a um maior resultado financeiro líquido e à marcação a mercado de contratos futuros de energia, levaram o lucro líquido da Votorantim Cimentos aos R$ 17 milhões no 1T24 contra R$ 78 milhões registrados no 1T23.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,76x, 0,02x menor que no mesmo período de 2023. De acordo com a empresa, a métrica segue em conformidade com a política financeira da companhia e alinhada com os indicadores de grau de investimento.

No final do 1T24, a Votorantim Cimentos manteve uma sólida liquidez, com o montante em caixa e aplicações financeiras no valor de R$ 4,4 bilhões, o que permite que a companhia cumpra com as suas obrigações financeiras por mais de quatro anos.

Os investimentos (Capex) da companhia no primeiro trimestre do ano totalizaram R$ 413 milhões, 23% maior que no 1T23. Esse aumento é explicado, principalmente, pela estratégia global de investimentos em modernização e competitividade estrutural, além de projetos atrelados aos compromissos de descarbonização da empresa.

Os projetos de expansão são responsáveis por 8% do total de capital investido no 1T24. Entre os principais investimentos destacamos os projetos em novos negócios no Brasil, como o aumento de capacidade da Viter (soluções agrícolas) e da Verdera (gestão e coprocessamento de resíduos) na unidade de Itaperuçu (PR), inaugurada no começo de abril, com investimento total de R$ 145 milhões.

“Nossos sólidos e consistentes resultados financeiros refletem a execução de nosso mandato estratégico, que inclui o plano de investimento de competitividade estrutural R$ 5 bilhões no Brasil, já anunciado, focado em redução de custos, descarbonização, expansão de capacidade, diversificação regional e aceleração de novos negócios”, diz Osvaldo Ayres Filho, CEO global da Votorantim Cimentos.

No começo de abril de 2024, a subsidiária St. Marys emitiu um novo bond no mercado internacional, com garantia integral da Votorantim Cimentos, no valor de US$ 500 milhões, com cupom de 5,75% ao ano, a serem pagos semestralmente, e com vencimento em abril de 2034. Essa emissão também refletiu a sólida posição financeira da companhia ao registrar o menor spread de crédito entre emissores brasileiros para esse prazo de vencimento.

A emissão está alinhada com a estratégia da Votorantim Cimentos de gestão de passivo e extensão de prazo médio da dívida, e marcou uma inovação em nosso gerenciamento de dívidas, sendo nosso primeiro sustainability-linked bond no mercado de capitais internacional.

Essa operação possui indicador de performance ambiental (KPI) associado à intensidade de emissão de CO2 líquida no escopo 1 (kg CO2/tonelada de cimentícios) e porcentagem de substituição térmica, evidenciando o comprometimento da companhia no processo de descarbonização, em linha com suas metas de sustentabilidade para 2030.

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