Instituição tem como missão buscar garantir suprimento confiável de energia, a preços acessíveis e de modo sustentável.
O Brasil formalizou, nesta terça-feira (31), a associação à Agência Internacional de Energia (AIE) como país não membro. Esta é uma forma da instituição reconhecer países com papel relevante no panorama energético mundial e que não são integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com informações divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com a formalização, o Brasil se torna o sétimo país a entrar na lista formada por Cingapura, China, Índia, Indonésia, Marrocos e Tailândia.
O processo de associação envolveu um amplo e detalhado trabalho entre o MME e o Ministério das Relações Exteriores, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que já desenvolviam programas conjuntos com a AIE em treinamentos, debates e produção de informações na área de energia.
Com o status de associado o Brasil terá maior oferta de treinamentos e cursos, poderá receber visitas de especialistas para fazer diagnósticos de setores específicos, e contribuirá com informações técnicas e receberá resultados de estudos de ponta, os quais antes não tinha acesso, entre outros benefícios.
“Esse é o primeiro passo que nosso país dá ao lado da Agência. A associação do Brasil vem oportunamente num momento em que o Brasil tem trabalho para melhorar ainda mais sua posição no cenário energético global”, salientou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Coelho ainda destacou que o Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais geram energia eólica no mundo, com previsão de atingir 25,8 GW de capacidade instalada até 2026, conforme previsto no Plano Decenal de Energia.
Já Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, demonstrou entusiasmo e otimismo com associação do Brasil à agência. “Desde que os registros da AIE começaram, no início da década de 1970, o Brasil tem sido um importador de petróleo. No entanto, de acordo com os dados mais recentes da AIE, tenho o prazer de confirmar que, em 2017, o Brasil alcançará pela primeira vez o status de exportador líquido. Além disso, nossa análise é de que o país está no caminho certo para exportar um milhão de barris/dia até 2022”, afirmou.
Meio ambiente
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, destacou que a associação do país consolida o primeiro Programa de Trabalho Conjunto para o desenvolvimento de agenda bianual. Ele ainda destacou que, além da parceria com a Agência, o Brasil tem ampliado o debate energético-ambiental nos principais eventos mundiais, citando a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 23), marcada para o início deste mês.
*Com informações do Ministério de Minas e Energia.