Empresa contratou auditoria para avaliar situação na Hydro Alunorte, em Barcarena. Companhia ainda nega vazamento em depósito de rejeitos.

A Hydro informou nesta segunda-feira (27) que irá divulgar os resultados da auditoria interna no dia 9 de abril. A empresa elencou um comitê para avaliar a situação na Alunorte, após vazamento em um dos depósitos de rejeitos, ocorrido no dia 17 de fevereiro devido a fortes chuvas, na Alunorte em Barcarena (PA). O transbordo foi comprovado por laudo do Instituto Evandro Chagas, mas, até o momento, negado pela companhia.

Em nota divulgada nesta segunda, a empresa que é a principal acionista da Alunorte, afirmou que está realizando uma revisão interna e independente da consultoria ambiental SGW Services para esclarecer todos os fatos relevantes sobre o gerenciamento de águas pluviais e superficiais da refinaria de alumina.

“Não há indicações de que tenha havido impacto significativo ou duradouro no meio ambiente após as chuvas extremas de fevereiro”, afirmou a empresa.

A refinaria está com as operações reduzidas em 50%, por determinação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade desde o dia 27 de fevereiro, por descumprimento do prazo de 48 horas, dado pelo governo do Estado, para que a empresa reduzisse os níveis das bacias de resíduos em pelo menos um metro.

TAC

Na segunda-feira, a força-tarefa dos Ministérios Públicos Federal e Pará (MPF) que está analisando o caso em Barcarena enviou a proposta de termo de compromisso de ajustamento de conduta (TAC), para ações emergenciais que devem ser desenvolvidas tendo em vista danos e riscos ligados às operações da refinaria de alumina.

Segundo nota divulgada pelo MPPA, O TAC “não autoriza qualquer retomada de operação integral por parte da empresa e nem esgota a apuração de responsabilidades quanto à recomposição integral dos danos e riscos socioambientais, tanto na esfera cível quanto na criminal”. Segundo as instituições, se a companhia não aceitar assinar o TAC, o MP adotará medidas cabíveis contra a empresa.

A Hydro informou que permanece em diálogo com os Ministérios Públicos Federal e Pará (MPF).