Projeto Vermelho foi planejado para fornecer níquel e cobalto para o mercado de baterias.
A Horizonte Minerals anunciou a contratação da empresa Wood para realizar o estudo de viabilidade do Projeto Vermelho de níquel e cobalto, localizado no distrito minerário de Carajás, no Pará. A Wood já realizou um estudo de viabilidade do Vermelho para a Vale entre os anos de 2003 e 2006 e possui um entendimento detalhado do projeto, segundo a Horizonte.
De acordo com a mineradora, o Projeto Vermelho é um recurso de alta qualidade, com longa vida útil da mina, escalável e planejado para ser um produtor de baixo custo de níquel e cobalto para a indústria de baterias. O projeto foi planejado para produzir 25.000 toneladas de níquel e 1.250 toneladas de cobalto por ano ao longo de 38 anos de vida útil da mina. Outros contratos estão em fase final de assinatura e incluem trabalhos de teste piloto, mineração, hidrogeologia, hidrologia, infraestrutura e pacotes logísticos.
“A assinatura do contrato do estudo de viabilidade do Vermelho é mais um marco fundamental para o Horizonte Minerals, que avança em direção ao objetivo de longo prazo de se tornar uma produtora de níquel de 60 mil toneladas por ano, após o início da construção do Projeto Araguaia, no começo deste ano, que está dentro do cronograma para produzir o primeiro níquel no primeiro trimestre de 2024”, informou a companhia.
Para Jeremy Martin, CEO da Horizonte Minerals, “o início do Estudo de Viabilidade do Vermelho é um passo importante para revelar o valor significativo do projeto, uma vez que há pouquíssimos recursos de níquel dessa escala e qualidade em um estágio avançado de desenvolvimento, tornando o Vermelho bem posicionado para capitalizar a crescente demanda por metais relevantes e sustentáveis. Nosso projeto está localizado no distrito minerário de Carajás, área que possui infraestrutura bem desenvolvida e energia hidrelétrica e foi planejado para produzir níquel em forma intermediária ou refinada e será uma fonte de cobalto globalmente significativa, sem conflito e ética”.
“Nossos dois projetos no Pará – Araguaia e Vermelho – possuem juntos um depósito combinado de mais de quatro milhões de toneladas de níquel. Ao aproveitar as sinergias dos dois projetos de classe mundial, localizados a distância possível de ser percorrida de caminhão em uma jurisdição estável e pró-mineração, a Horizonte Minerals está bem posicionada para cumprir a meta de crescimento de produzir 60.000 toneladas de níquel por ano, colocando a empresa entre os líderes globais na produção primária de níquel fora da Indonésia” conclui Martin.
O estudo de pré-viabilidade do Vermelho compreende uma operação planejada de mineração de níquel laterítico a céu aberto que cobre uma série de cavas diferentes. O processo hidrometalúrgico considera uma planta de beneficiamento onde o teor do minério é elevado antes de alimentar uma central HPAL (High-Pressure Acid Leach, ou Lixiviação Ácida de Alta Pressão).
De acordo com a Horizonte, o projeto pretende minerar uma reserva mineral provável de 141,3 milhões de toneladas para produzir 924 mil toneladas de níquel, 36 mil toneladas de cobalto e 4,48 milhões de toneladas de um subproduto vendável, a kieserita (uma forma de fertilizante), ao longo de uma vida de mina inicialmente projetada de 38 anos.
Em plena capacidade de produção, espera-se que o projeto produza uma média de 25.000 toneladas de níquel e 1.250 toneladas de cobalto por ano, utilizando o processo de lixiviação de ácido de alta pressão.
O licenciamento ambiental para o Projeto Vermelho está bem avançado. A Horizonte recebeu a Licença de Operação que permite as atuais atividades de pesquisa e sondagem na área e está próximo de concluir a avaliação de impacto ambiental e socioeconômico (também conhecida como EIA no Brasil).
“O EIA/RIMA será complementado com estudos técnicos ambientais mais detalhados para apoiar o estudo de viabilidade. As concorrências para essas atividades foram concluídas e a concessão desses contratos de apoio ao estudo de viabilidade deverá ser feita em breve”, ressaltou a empresa.
Ainda segundo a Horizonte, o projeto deverá proporcionar benefícios socioeconômicos significativos para o estado do Pará, incluindo mais de 1.800 empregos diretos na fase de construção, e mais de 600 empregos durante a operação, além de programas adicionais de desenvolvimento econômico e social.