A mineradora Aclara Resources e o governo de Goiás assinaram, nesta quinta-feira (15), um protocolo de intenções para a execução do Projeto Carina, com investimentos previstos de R$ 2,8 bilhões.
A iniciativa envolve extração de terras raras no município de Nova Roma, no Nordeste goiano, com a expectativa de gerar 5,7 mil novos empregos diretos e indiretos na região.
A previsão é de que o empreendimento seja construído dentro de dois anos e a produção começará em 62 meses. Durante a instalação da unidade em Goiás, a empresa vai firmar parcerias com instituições de ensino para formar e qualificar mão de obra local/regional, priorizando a contratação de pessoas, produtos e serviços goianos.
“O projeto será implantado em uma das regiões mais carentes do Estado de Goiás, sem causar nenhum impacto negativo. Com o empreendimento, o estado se tornará importante polo do segmento”, disse o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
O vice-governador, Daniel Vilela, reforçou a relevânci do investimento no Nordeste goiano. “Vamos empreender no nosso estado, na região mais carente em termos de oportunidades, principalmente de empregos, um local que depende muito do poder público para o desenvolvimento humano e social. A chegada da Aclara Resources irá transformar Nova Roma”, afirmou.
Sustentabilidade
A Aclara, que já atua no Chile, tem o objetivo de trazer para o Brasil um trabalho sustentável, sem uso de explosivos ou produção de resíduo líquido. Além disso, a empresa atua sem a criação de barragem de rejeitos e trata a água utilizada com índice equivalente a 95% de reaproveitamento.
O diretor e CEO da Aclara, Ramón Gino Barúa Costa, reforçou que o projeto é uma referência de sustentabilidade e é estratégico para a transição energética.
“Esse projeto tem a finalidade de acelerar o processo de licenciamento e desenvolvimento do projeto Carina, produzindo de forma sustentável com foco no crescimento socioeconômico”, disse.
Tecnologia
“O que está sendo feito aqui em Goiás é a evolução tecnológica de uma empresa altamente capacitada, que faz a captação de recursos na bolsa e também onde circula todo o mineral. A Aclara vai levar para Nova Roma uma evolução e com o mínimo de dano ambiental”, afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna.
Um estudo apresentado pela Aclara indica que a instalação da unidade em Nova Roma tem potencial de elevar o desenvolvimento social e econômico do município.
A secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, destacou que este é um empreendimento de grande porte é que todos os critérios ambientais serão exigidos da empresa.
“A tecnologia aplicada nesse tipo de mineração não envolve grandes cavas, não haverá barragem de rejeito, tem uma tecnologia mais avançada, que minimiza muitos impactos ambientais, temos um controle a ser feito dos impactos nos meios físico e biótico, cuidar da fauna, da flora, mas também das pessoas”, ressaltou.